Destino: Lisboa
O fenómeno de êxodo rural teve uma grande importância no crescimento demográfico dos principais centros urbanos do país, sobretudo Lisboa. Esta cidade tornou-se mesmo num dos principais pólos da concentração populacional junto da costa.
Entre 1940 e 1970, registava-se um enorme crescimento urbano na capital. Durante as décadas de 60 e 70, principalmente, esse crescimento foi colossal. Os números dizem que, entre 1864 e 1970, a sua população aumentou mais de 350%. Em 1970, a cidade de Lisboa possuía 9.177 habitantes por quilómetro quadrado – em 1864 eram apenas 126.
A partir dos anos 1980, as migrações internas tenderam a diminuir. O concelho de Lisboa ganhava agora um papel repulsivo, enquanto nas suas áreas circundantes aumentava o poder de atracção. Mesmo assim, segundo os Censos de 1981, nesse ano uma em cada duas pessoas do distrito de Lisboa e Setúbal era natural de outras áreas do país.
Durante os anos seguintes, Lisboa continuaria a perder a sua capacidade de fixação. Em 2001, a capital ficava cada vez mais “cercada”, face à perda de população que registava e ao seu acumular nas zonas periféricas da cidade. Registavam-se agora 6.641 habitantes por quilómetro quadrado.
Segundo os resultados provisórios dos Censos de 2011, dez anos depois, Lisboa continua a perder população para os municípios que a rodeiam. As cidades pequenas e o seu atraso, a vida dura nos campos e a pobreza foram as razões do passado que trouxeram à capital novo frenesim. Hoje já não têm o mesmo peso. Assiste-se agora a um progressivo fenómeno de êxodo urbano que leva as pessoas a afastarem-se da cidade. Para muitos, contudo, Lisboa foi noutros tempos o lugar de oportunidades e de evolução – para outros tantos, ainda hoje continua a sê-lo.
Entre 1940 e 1970, registava-se um enorme crescimento urbano na capital. Durante as décadas de 60 e 70, principalmente, esse crescimento foi colossal. Os números dizem que, entre 1864 e 1970, a sua população aumentou mais de 350%. Em 1970, a cidade de Lisboa possuía 9.177 habitantes por quilómetro quadrado – em 1864 eram apenas 126.
A partir dos anos 1980, as migrações internas tenderam a diminuir. O concelho de Lisboa ganhava agora um papel repulsivo, enquanto nas suas áreas circundantes aumentava o poder de atracção. Mesmo assim, segundo os Censos de 1981, nesse ano uma em cada duas pessoas do distrito de Lisboa e Setúbal era natural de outras áreas do país.
Durante os anos seguintes, Lisboa continuaria a perder a sua capacidade de fixação. Em 2001, a capital ficava cada vez mais “cercada”, face à perda de população que registava e ao seu acumular nas zonas periféricas da cidade. Registavam-se agora 6.641 habitantes por quilómetro quadrado.
Segundo os resultados provisórios dos Censos de 2011, dez anos depois, Lisboa continua a perder população para os municípios que a rodeiam. As cidades pequenas e o seu atraso, a vida dura nos campos e a pobreza foram as razões do passado que trouxeram à capital novo frenesim. Hoje já não têm o mesmo peso. Assiste-se agora a um progressivo fenómeno de êxodo urbano que leva as pessoas a afastarem-se da cidade. Para muitos, contudo, Lisboa foi noutros tempos o lugar de oportunidades e de evolução – para outros tantos, ainda hoje continua a sê-lo.
Êxodo rural
As migrações internas em Portugal atingiram a sua intensidade máxima durante o período de 1960-1973. Algumas décadas antes, nos anos 1930, estes fenómenos eram ainda avaliados como pouco significativos e moderados. Mas, nos anos 1960, o perfil dominante das migrações internas já estaria bem vincado: ao mesmo tempo que se intensificam, estes movimentos tornavam-se mais definitivos e orientavam-se mais para as cidades.
À semelhança do que aconteceu com o desenvolvimento industrial e urbano noutros países, em Portugal foi o campo que forneceu a mão-de-obra para os centros industriais e de serviços a eles ligados. As áreas rurais perderam a sua capacidade de fixação, transformando-se em áreas repulsivas, de onde a população passou a sair em número crescente à procura de melhores salários e melhores condições de vida, oferecidos pelos centros urbanos.
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À semelhança do que aconteceu com o desenvolvimento industrial e urbano noutros países, em Portugal foi o campo que forneceu a mão-de-obra para os centros industriais e de serviços a eles ligados. As áreas rurais perderam a sua capacidade de fixação, transformando-se em áreas repulsivas, de onde a população passou a sair em número crescente à procura de melhores salários e melhores condições de vida, oferecidos pelos centros urbanos.
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